Câmara Municipal gasta mais de R$ 23 mil com tablets para vereadores

21-03-2013 14:40

 


 

 

 

A compra de tablets para os vereadores da Câmara Municipal de Parintins (CMP) gerou uma discussão entre a comunidade em torno do desperdício do dinheiro público com a aquisição de um produto supérfluo para a função de parlamentar. De acordo com o extrato da Carta-Contrato 002/2013-CMP, realizada em 07 de março de 2013 pela Comissão Permanente de Licitação da Câmara Municipal, o presidente Rildo Maia (PSD) adquiriu da empresa L dos Braga onze teblets no valor de R$ 23.430 (vinte três mil, quatrocentos e trinta reais). Cada computador portátil custou para os cofres públicos cerca de R$ 2.130.

Para o ativista social e ex-candidato a prefeito do PSOL, Dietrch Mendes, os preços dos microcomputadores assustam pelo fato de estarem a acima do real valor praticado nas lojas de informática. Em sua página no facebook Dietrich sugeriu a realização de uma pesquisa no mercado de eletrônicos para saber quem consegue comparar 11 teblets de boa marca ao menor preço. “Será que teremos surpresa?”, indaga Mendes. 
A professora Anny Marks afirmou que esse tipo de equipamento nada mais é que um luxo para os vereadores e ao mesmo tempo supérfluo. “Se eles querem tablets que comprem com o dinheiro que ganham, e que não é pouco. Indignada com essa falta de vergonha desses vereadores. Pra que eles precisam de tablet? Enquanto muitos parintinenses não têm o pão de cada dia, os vereadores querem tablet pra continuar não fazendo nada pelo povo” desabafou a educadora na sua página social. 
Outra parintinense que se manifestou sobre o assunto foi a jornalista Rosi Acauã. Ela disse que o seu Ipad 3 que é muito superior aos dos vereadores adquirido à prazo por R$ 2.400 em Manaus, aqui em Parintins comprou por R$ 2.200,00. “Será que só eu consigo desconto? E olha que nem sou muito boa em pedir descontos. Mas acho que comprando vários não vale desconto né?”, questiona. 
Na legislatura passada, todos os vereadores foram agraciados com algum tipo de instrumento tecnológico, como notebook, máquinas fotográficas, entre outros. No entanto, não se tem conhecimento se esses equipamentos foram devolvidos à Câmara visto que tais instrumentos foram adquiridos com dinheiro público e deveriam constar como bem patrimonial. 

Texto: Marcondes Maciel
Jornal Repórter Parintins