Jovem morre baleado por Policial Civil

Local onde o jovem foi baleado.

Uma perseguição policial culminou na morte do jovem Francinei da Silva Simas, 30, na sexta-feira (13), que veio a óbito após receber um tiro nas costas, disparado por um policial civil. O fato ocorreu no loteamento Pascoal Alágio por volta das 12h, quando dois policiais, em uma motocicleta, procuravam por um assaltante.
Na versão da polícia, o tiro foi acidental. O alvo das perseguições era outro, conhecido como Kelinho, mas quando viu a polícia, Francinei, que teria parado em uma boca de fumo, fugiu também em uma motocicleta, levantando suspeita nos policiais que passaram a segui-lo. Os policiais contam que em um determinado ponto da perseguição, em uma rua com lama e areia, as motos derraparam e a arma disparou, atingindo Francinei. No local ainda é possível ver uma grande poça de lama onde Francinei caiu. “A princípio seria um acidente, mas vamos apurar ainda”, comentou a delegada Ana Denise Machado. Os policiais se apresentaram espontaneamente à delegacia evitando o flagrante.
Ainda segundo a polícia, uma testemunha encontrou no local encharcado de sangue três trouxas de maconha e levou até à delegacia. A droga seria de Francinei, que poderia estar envolvido com o tráfico de drogas. Sem saber o que havia ocorrido e o porquê da ação dos policiais, os familiares se revoltaram na porta do hospital Padre Colombo, onde o rapaz chegou morto. O irmão da vítima, Ivan da Silva Simas, desabafou e chamou os policiais de assassinos. “O Estado tem que se responsabilizar pelos ótimos profissionais que eles colocam nas ruas pra proteger o cidadão. Eles foram para matar meu irmão, um bando de assassinos”, disparou.
O promotor André Seffair acompanhou o trabalho da polícia ao ouvir os policiais, como forma de garantir que o processo seja feito de forma idônea. As investigações irão se concentrar agora se houve acidente ou negligência do policial que portava a arma. Para o promotor, Francinei teria iniciado uma fuga com medo que fosse flagranteado com droga. A carteira funcional do policial foi apreendida, além da arma, que passará por uma perícia. O trabalho deve demorar. Enquanto isso, os policiais envolvidos deverão ficar afastados.

(Emiliana Monteiro / Sistema Alvorada)