O governador eleito do Amazonas, Omar Aziz (PMN), declarou ontem que irá a Brasília na próxima semana para cobrar compromissos assumidos em campanha pela presidenta eleita, Dilma Rousseff (PT), com o Estado que deu a ela a maior votação percentual do País.
Na pauta estão: problemas logísticos na produção Polo Industrial de Manaus (PIM), mobilidade urbana na capital, falta de energia elétrica no Amazonas e ampliação da Zona Franca de Manaus (ZFM) para a região metropolitana.
"Estou indo a Brasília tratar esses assuntos. A Dilma não me apoiou, ela pediu voto para o Alfredo (Nascimento). Eu assumi um compromisso com ela no segundo turno. Eu votei e pedi votos para ela. E os compromissos que ela (Dilma) assumiu comigo eu vou cobrar agora", declarou.
Omar Aziz afirmou que, atualmente, o maior problema que o Estado tem a resolver é a logística de recebimento de matéria-prima e de escoamento da produção do PIM.
Desabamento
Há um mês, o porto privado conhecido como "Chibatão, na Colônia Oliveira Machado, responsável por 60% da movimentação de cargas da indústria e comércio local, desabou, atingindo 90 contêineres que seriam usados na produção do Natal do PIM. Cerca de 70 contêineres já foram resgatados, mas o porto não voltou a operar nas mesmas condições.
Problemas
O governador destacou que, no primeiro semestre deste ano, o PIM deixou de arrecadar milhões por não conseguir suprir a demanda de TVs para a Copa do Mundo por causa de problemas no aeroporto de Manaus.
Outro problema de logística levantado por ele é em relação à histórica reclamação de que os municípios do interior não produzem.
"O interior não produz porque não há como trazer produtos lá do Alto Solimões com preços competitivos. Temos que tomar providências imediatas sobre a logística do Amazonas e eu vou à Brasília esta semana para tratar sobre isso", disse.
Como solução, Omar Aziz afirmou que irá encampar uma luta para que o Estado possa construir o Porto das Lajes. Uma solução que, segundo ele, não será usufruída no atual Governo, mas servirá às futuras gerações do Estado.
Justiça
A construção do Porto das Lajes, um investimento de mais de R$ 260 milhões da empresa Lajes Logística, está sendo discutido na Justiça.
No último dia 5 de novembro, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou o "Encontro das Águas". A área protegida pelo Iphan tem, aproximadamente, 50 km2, abrangendo toda a área da Ponta das Lajes, onde há previsão de construção do porto.