Serra diz que Dilma é 'cúmplice' ou 'não tem capacidade de dirigir' 'Não há uma terceira hipótese', disse o presidenciável tucano. Ele criticou PT por uso eleitoral de obras em Paraisópolis.

19-09-2010 19:21

 Da Agência Estado

O Candidato a presidência da República pelo PSDB, José Serra, faz caminhada pelo bairro de Paraisópolis, partindo da Avenida Perimetral em frente ao Conjunto Nacional Nova Paraisópolis. Serra fez campanha ao lado do candidato do PSDB ao Governo de São Paulo, Geraldo Alckmin e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM/SP).Serra fez campanha neste domingo em
Paraisópolis. (Foto: Filipe Rau/AE)

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, reiterou neste domingo (19) que, ou a adversária Dilma Rousseff (PT) "como dirigente, não é capaz" ou "é cúmplice" do suposto esquema de corrupção e tráfico de influência na Casa Civil. "Não há uma terceira hipótese", afirmou. Segundo o candidato tucano, se Dilma desconhecer o "esquema que dura quatro, cinco, seis ou sete anos" estando à frente da Casa Civil, "então ela não tem capacidade de dirigir".

Questionado se é possível reverter os resultados das pesquisas de intenção de voto que apontam vitória da candidata petista à Presidência duas semanas antes das eleições, Serra respondeu "não há o que reverter". "A partida é para ser jogada em 3 de outubro, não é um campeonato", disse. Serra participou de caminhada na bairro de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, acompanhando pelo candidato do PSDB ao governo do Estado, Geraldo Alckmin, e pelo prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (DEM).

O candidato tucano afirmou que a solução para as comunidades mais pobres do Brasil é transformá-las em bairro. "Foi o que nós fizemos aqui. Quando eu entrei na Prefeitura havia quatro escolas, sendo duas de lata. Hoje são 14 escolas e uma escola técnica", afirmou. Segundo Serra, o bairro conta hoje com iluminação, saneamento básico e pavimentação. "Com isso, as comunidades vão virando bairro", disse, acrescentando que as pessoas não podem morar em áreas de risco.

De acordo com o candidato, o bairro passará a contar com metrô, além da avenida perimetral. "Não posso fazer merchandising, mas uma das maiores lojas que vendem televisão e geladeira tem um faturamento muito grande aqui." Ele afirmou também que boa parte da população de Paraisópolis trabalha no local.

Perguntado sobre a suposta exploração da imagem de Paraisópolis pelo PT, Serra respondeu que "eles fazem isso com tudo". "Fizemos tudo aqui em Paraisópolis. É normal que a gente venha onde faz muita coisa", afirmou.

Habitação
Em relação à habitação, Serra ressaltou que os esforços têm de ser direcionados para famílias que ganham menos de três salários mínimos. "Não é o que está acontecendo agora no governo federal." Segundo ele, 90% do programa de habitação paulista são direcionados para famílias com renda de até três salários mínimos, segmento que concentra "grande parte do déficit habitacional de São Paulo e do Brasil".

Durante a caminhada, Serra conversou com moradores, tomou cafezinho e chegou a dar uma tacada de sinuca em estabelecimentos no bairro.

Alckmin também ressaltou que Paraisópolis é um bom exemplo de urbanização, incluindo pavimentação das ruas, retirada de famílias de áreas de risco, construção de escolas e assistência médica por meio das Amas (Assistência Médica Ambulatorial).