Vacina contra Meningite, para menores de 2 anos, chega às unidades de saúde em Manaus na segunda-feira (6) A vacina entrou no calendário nacional de imunização, neste ano, e começou a ser distribuída pelo Ministério da Saúde (MS) a Estados e municípios no

04-12-2010 21:40

 

SEMSA

Unidades de saúde da Prefeitura disponibilizarão a vacina. Foto: Divulgação

Unidades de saúde da Prefeitura disponibilizarão a vacina. Foto: Divulgação

A Prefeitura de Manaus informa que a partir de segunda-feira (06), a vacina contra Meningite (Meningocócica C Conjugada) estará disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Policlínicas da rede municipal, bem como nos Centros de Atendimento Integral à Criança (CAICs), da rede estadual. A vacina entrou no calendário nacional de imunização, neste ano, e começou a ser distribuída pelo Ministério da Saúde (MS) a Estados e municípios no final de novembro. 

“É importante que as pessoas compreendam que não se trata de uma campanha de vacinação, com data para terminar. A vacina contra a Meningite passou a integrar o Programa Nacional de Imunização e, a partir de agora, fará parte da rotina das unidades de saúde da rede pública”, explicou o secretário municipal de Saúde, Francisco Deodato. 

Nesta sexta-feira (3), a Gerência de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) concluiu o treinamento de suas equipes para a introdução da nova vacina na rotina de atendimento das unidades. Deodato salienta que, neste primeiro ano de implantação, seguindo as recomendações do MS, poderão tomar a vacina as crianças menores de 2 anos de idade. A população estimada nesta faixa etária é de 76 mil crianças.

“No segundo ano, também conforme as orientações do Ministério, somente menores de 1 ano passarão a receber as doses”, frisou Deodato. O secretário acrescenta que a Meningite está sob controle, mas a implantação da vacina faz parte de um conjunto de medidas preventivas, adotadas pelo MS, em função do caráter epidêmico da doença. Em Manaus, foram registrados, até novembro, 6 casos de meningite meningocócica. No ano passado, este número fechou em 11 casos.

A Meningocócica C Conjugada é injetável e deve ser administrada em duas doses e um reforço. A primeira dose deve ser aplicada quando a criança estiver com três meses de vida; a segunda, no quinto mês. O reforço tem de ser feito entre o 12o e o 15o mês de vida.

De acordo com a gerente de Imunização da Semsa, Kássia Veras, a vacina não tem contra-indicações. “A única situação em que a Meningocócica C não deve ser administrada é no caso da criança estar com quadro febril grave e agudo – aqueles em que a febre está muito elevada e vem ocorrendo há vários dias”, explica. O MS também não registrou reações adversas, diz ela. Eventualmente, podem ocorrer inchaços e pequeno incômodo no local da aplicação, típico de vacinas injetáveis, salienta a gerente.

A doença
A meningite é uma doença grave e endêmica que pode acometer indivíduos de qualquer idade e é causada por diversos agentes infecciosos como bactérias, vírus, parasitas e fungos. As meningites bacterianas são, do ponto de vista clínico, as mais graves. A doença meningocócica (causada pela Neisseria meningitidis), pela magnitude, gravidade e potencial de ocasionar surtos e epidemias, apresenta maior importância em saúde pública.

Em geral, a transmissão é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe, havendo necessidade de contato íntimo (residentes da mesma casa, pessoas que compartilham o mesmo dormitório ou alojamento, comunicantes de creche ou escola, namorado) ou contato direto com as secreções respiratórias do paciente. Os principais sintomas são febre, pescoço dolorido, pequenas manchas vermelhas na pele, vômito, confusão. 

Nas crianças, os sintomas podem vir somados a irritabilidade, falta de apetite, cansaço anormal.
 
Outras formas de prevenção: 
•Não partilhar colheres, garfos, copos, ou outros objetos que contenham a saliva de outras pessoas. 
•Não partilhar cigarros, charutos ou cachimbos. 
•Não permitir que as crianças coloquem na boca objetos que estiveram na boca de outras crianças. 
•Evitar a proximidade de pessoas que tossem ou espirram. 
•Quando tossir ou espirrar, tapar a boca. 
•Lavar as mãos frequentemente com água morna e sabão, pois é possível que tenha tocado algum objeto já contaminado. 
•Não permitir que outras pessoas beijem as crianças na boca. 
•Na escola, evitar encostar a boca no bebebouro comum, ao utilizá-lo.